quarta-feira, 27 de julho de 2011

Luis Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

3 comentários:

  1. Angel...

    Ainda que eu falasse
    A língua dos homens
    E falasse a língua dos anjos
    Sem amor eu nada seria...

    É um não querer mais que bem querer;
    É solitário andar por entre a gente;
    É um não contentar-se de contente;
    É cuidar que se ganha em se perder.

    É um estar-se preso por vontade;
    É servir a quem vence, o vencedor;
    É um ter com quem nos mata a lealdade.
    Tão contrário a si é o mesmo amor.

    Estou acordado e todos dormem.
    Todos dormem. Todos dormem.
    Agora vejo em parte,

    Mas então veremos face a face.

    É só o amor! É só o amor
    Que conhece o que é verdade.


    Camões é mais forte quando cantado por Renato...
    Assim é o amor, mais forte quando divide-se em dois para ser apenas um!

    Abração!
    Cuide-se!
    Gê.

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  2. O amor em suas muitas faces a nos surpreender...

    Este soneto de Camões é um dos meus preferidos!

    Um grande abraço

    Deus seja contigo

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  3. A definição mais próxima do que seria o amor!
    bjus da kirah^^

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